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Santa Lucia in Selci

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 Nota: Para outras igrejas de mesmo nome, veja Santa Lúcia (desambiguação).
Igreja de Santa Lúcia em Selci
Santa Lucia in Selci
Santa Lucia in Selci
Fachada da igreja
Informações gerais
Tipo igreja, imóvel
Estilo dominante Barroco
Arquiteto(a) Carlo Maderno, Francesco Borromini
Início da construção século VII
Fim da construção 1638
Religião Igreja Católica
Diocese Diocese de Roma
Página oficial https://www.suorangelacaterinaborgia.it/santaluciainselci/index.php/ita/deiri/il-monastero-di-s-lucia-in-selci
Geografia
País Itália
Localização Rione Monti
Região Roma
Coordenadas 41° 53′ 41″ N, 12° 29′ 47″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico

Santa Lucia in Selci, conhecida ainda como Santa Lucia in Silice ou Santa Lucia in Orfea em italiano, é uma antiga igreja titular de Roma, Itália, dedicada a Santa Lúcia, uma virgem e mártir do século IV.

A diaconia de Santa Lúcia em Silice foi suprimida em 1587.

De acordo com a tradição, a primeira igreja no local foi construída por ordem do papa Símaco no século VI sobre as ruínas de uma estrutura romana, o Pórtico de Lívia. Porém, a diaconia de Santa Lucia in Silice (ou Orfea), criada por volta de 300, já existia e foi confirmada pelo papa São Silvestre I por volta de 314.

O edifício da igreja foi reformado pelo papa Honório I por volta de 630 e estava localizado nas proximidades de uma fonte conhecida como "Lacus Orphei" e foi designado para um dos sete diáconos de Roma[1] pelo papa Agatão por volta de 678. De acordo com o Liber Pontificalis, esta diaconia recebeu doações do papa Leão III (r. 795–816). Depois do século X, a diaconia ficou conhecida como "Santa Lucia in Silice" e foi com este nome que acabou suprimida em 1587 pelo papa Sisto V.[2]

No século XIII, um mosteiro foi construído junto à igreja, circundando-o e todo o complexo foi concedido aos cartuxos em 1370. Em 1534, foi doado aos beneditinos e, em 1568, Pio V concedeu-o aos agostinianos, que ainda servem na igreja. O papa Urbano VIII alterou o mosteiro em 1624, ampliando-o e dividindo-o em três partes. Uma ficou com os agostinianos, outra foi dada aos dominicanos e a última, para as clarissas. O mosteiro foi novamente ampliado em 1603 seguindo o projeto de Bartolomeo Bassi. Porém, tudo que sobrou desta ampliação é o portal do lado de fora. Em 1878, o estado italiano expropriou o convento das clarissas anexo a San Lorenzo in Panisperna e as freiras vieram para Santa Lucia in Selci.

Carlo Maderno reconstruiu a igreja em 1604, mantendo-a ainda dentro do complexo do mosteiro agostiniano. Entre 1637/8, a igreja foi restaurada por Francesco Borromini.

Santa Lúcia foi construída numa planta retangular e está coberta por uma abóbada de berço. Tem uma única nave com três capelas de pouca profundidade. A abóbada tem um afresco do século XIX de um artista desconhecido representando a "Glória de Santa Lúcia". Ele recobre um outro, de mesmo tema, de Giovanni Antonio Lelli. A contra-fachada está decorada com um "Deus Pai", de Cavaliere d'Arpino. O altar-mor é do século XIX e substitui o original de Borromini. A pintura no altar é uma "Anunciação" do pintor florentino Anastasio Fontebuoni.

A Capela Landi, encomendada pela prioresa Vittoria Landi, é a primeira do lado esquerdo. Ela foi decorada por Borromini e a peça-de-altar é "A Santíssima Trindade com Santo Agostinho e Santa Mônica" de Cavaliere d'Arpino.

A Capela do Santíssimo Sacramento, a segunda à esquerda, abriga obras atribuídas a Carlo Maderno: um tabernáculo em mármore multicolorido e bronze dourado e estátuas em alabastro. No primeiro altar à direita está o "Martírio de Santa Lúcia", de Giovanni Lanfranco.

A "Visão de Santo Agostinho", de Andrea Camassei, está no segundo altar à direita. No coro, atribuído à Borromini, estão diversas pinturas de Baccio Ciarpi.

Referências

Ligações externas

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